O processo natural de envelhecimento, e fatores a ele associados, faz com que o sistema neuromuscular sofra alterações morfológicas e funcionais. Dentre estas alterações há a redução da massa muscular, que faz parte de um processo multifatorial conhecido como SARCOPENIA, que apresenta significante influência nas modificações metabólicas do indivíduo idoso e na redução da capacidade funcional das diferentes manifestações da força muscular. As alterações metabólicas e funcionais, em conjunto, levam à redução na capacidade dos indivíduos idosos em realizarem com sucesso atividades da vida diária (carregar uma sacola, levantar de uma cadeira, subir escadas, pegar um ônibuis); comprometendo dessa forma sua qualidade de vida.
Alguns estudos demonstraram que os mecanismos envolvidos com a redução da força e potência muscular no envelhecimento podem ser divididos em três grandes grupos:
1-) Musculares: atrofia muscular, alterações nas propriedades contráteis do músculo e/ou nível enzimático;
2-) Neurológicos: diminuição do número de unidades motoras, mudanças no sistema nervoso ou alterações endócrinas e;
3-) Ambientais: nível de atividade física, má nutrição ou presença de doenças.
Estudos como os de Hunter e colaboradores (2004) e Fleck & Kraemer (2006), demonstraram que o treinamento de força (musculação) é um meio efetivo para o incremento da força e para proporcionar um impacto positivo nas diferentes alterações morfológicas e funcionais relacionadas ao processo de envelhecimento. Segundo Zago e colaboradores (2000), o organismo, mesmo em idades avançadas, preserva a plasticidade para adaptações após um programa de treinamento objetivando incrementos de força, inclusive com a ocorrência de hipertrofia muscular. Em 2005, Gobbi e colaboradores observaram que idosos que realizaram musculação, tiveram aumento da força muscular máxima, diminuição das queixas de dores articulares, melhor execução das atividade da vida diária e melhora da saúde mental.
Desta forma podemos concluir que embora o processo de envelhecimento e suas consequências sejam inevitáveis com o passar dos anos, o exercício físico nessa fase da vida se torna essencial, já que é um fator determinante para manutenção de um envelhecimento com saúde, diposição e independência física. Tanto os exercícios aerobicos (esteira, bicicleta, caminhada), quanto o de força (musculação) trazem benefícios em todas as idades mas, considero a musculação indispensável!
É importante lembrar que dentre os ínúmeros benefícios da musculação, o fortalecimento dos ossos, especificamente nessa fase da vida, é de suma importância para evitar a osteoporose, como foi falado no artigo anterior sobre "Musculação x Osteoporose"! Além disso, o corpo de quem treina musculação possui músculos, ossos, tendões, ligamentos e cartilagens fortes e flexíveis que protegem as articulações de lesões potencias, colaborando também para a realização das atividades aeróbicas.
Bom Treino!
Nenhum comentário:
Postar um comentário